12.8.11

O CORAÇÃO É O CÃO

Chega um momento,  em que o coração toma jeito e começa a conhecer as artimanhas dos seus inimigos.
O algoz, o velho sádico (a) algoz que intenta sempre ferir o coração, já não apresenta tantas forças e perde o seu relêvo. É o tempo do amortecimento. De tanto ser pisoteado, massacrado com as esporas da maldade, o coração combale, desmaia, perde os sentidos. Quando volta deste sono estranho, o coração parece tomar jeito e se encapa como um fio de cobre. Ele se cobre e descobre que precisa ser feliz.

O sádico (a) que era viciado em pisoteá-lo já não tem mais importância, justamente porque não deu importância a ele. Ele, compassivamente o perdoava, porque é o que deve fazer os corações. Mas, chega a hora que a caça vira caçador, o feitiço vira contra o feiticeiro, e o coração vai à forra. A vingança do coração é a falta de sentimento. Ele se esfria. Suas veias se esfriam e ele já não sente.

O coração é como um cão. Ele abaixa a cabeça muitas vezes. Mas, quando é muito maltratado, ele foge, passa do amor ao medo e não reconhece mais seu ex-dono. Seu faro busca outros cheitos. Até aparecer alguém com um sorriso franco para que ele abane o seu rabo.

Neste momento, meu coração abana o rabo da esperança...

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