26.1.12

DEIXAR DE PENSAR NAS DIFERENÇAS

Todo mundo faz projeções para o futuro nas relações, inclusive eu. Muitas vezes, e até hoje, me pego perguntando: - mas, e daqui a 20 anos? Eu estarei bem mais velho e a pessoa bem mais jovem...

Mas, não sou só eu, vai...são quase todas as pessoas que projetam. Todavia, o que posso dizer é que todos nós estamos redondamente enganados. Ilusão.

Dizem que Maomé foi o autor daquela frase: - viva cada momento da sua vida como se fosse morrer amanhã! Se foi ele ou não, esta frase é dotada de extrema sabedoria.

Quem te garante que você vai viver até a data que você previu? Quer dizer, qual a garantia de que você estará encarnado daqui a 20 anos?

Quando você conhece alguém muito interessante e monta essa barreira ilusória diante de um possível relacionamento, seja a pessoa bem mais nova ou mais velha, pense que tudo na vida é fugidío e nada, mas nada mesmo é pra sempre, a não ser a tua alma, que se junta a Deus,

E se você deixar de viver estas relações por conta de uma conta de matemática estúpida, logo mais vem o Destino a te pregar mais e mais peças. E Ele vai testar. O resultado pode ser a solidão, o desespero, o fracasso e a intolerância.

O que vale na hora das relações são as almas e os espíritos afinizados com o mesmo propósito, eom o sentimento na boca do coração. Não importa o ano de batizado, o dia do aniversário, se é da geração dos Beatles ou do New Kids on the Block.

Num dia destes pensei nas pessoas que estavam doentes. Pensei no Gianecchini, homem bonito, de ótimo porte e novo. E lamentei que a doença tivesse o acometido, assim como faz e fez com milhões de pessoas. Quando a gente tem este ou outro mal difícil de suportar, a gente não pensa mais em diferenças de idade, de posição social ou em grana. A gente pensa em valorizar cada segundo da nossa vida porque não temos nenhuma certeza de que serão muitos...

O que acontece é que a gente faz uma frescura danada para "escolher" um parceiro ou uma parceira. Quando a gente é novinho, a gente pensa que pode tudo porque a procura por nós é bem maior. Depois, começa a fase da triagem máxima. Ninguém serve, ou é de mais, ou é de menos. É muito magra ou é gordinha. É bobo ou é espertinho demais. É carinhoso e meloso ou é frio e insensível. Não, ele é muito mais velho ou é imaturo...

Depois de escolher tanto e passar por experiências múltiplas, daí vem o desespero e catamos o primeiro que aparece com a proposta dde união. Logicamente não dá certo.

Creio que não devemos comer no chão, sim, temos que obedecer a um critério mais ajustado com aquilo que buscamos. Mas, deixar de nos relacionar por diferenças ilusórias e que apenas podem ser vistas pela matéria é uma burrice sem fim.

No reino das relações efêmeras nada pode ser projetado. Tudo deve ser vivenciado, dia a dia, passo a passo, hora a hora e o presente é construído diariamente. Viver, apenas viver, sem a preocupação (de pré- ocupação) se vamos estar ou não com aquela pessoa.

Toda vez que eu projetei algum tempo com alguém, o Senhor Cronos me deu as costas e murmurou baixinho: - Aqui quem manda sou eu. Apenas viva o que tem que viver!

É o que eu estou fazendo agora e é o que eu espero que você faça.

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