15.8.17

EM TERRA DE GENTE NA MÉDIA, NINGUÉM É SUPERIOR

Há alguns anos atrás, um rabino declarou que os acontecimentos fúnebres arrolados contra os judeus, ao longo do tempo, poderiam ser a resposta de um carma coletivo (que eu chamo de policarma). Logicamente ele foi execrado pela comunidade judaica.

Quem consegue enxergar com os olhos da alma, do coração e da espiritualidade, sabe que há razões holísticas diversas, entre as coxias e os bastidores da vida, para que algo tenha acontecido. Não é abandono de Deus, é apenas CARMA, ação e reação.

O mundo avança para manifestações sombrias e iluminadas. Ao menmo tempo, onde há um justo combate contra os preconceitos, há uma passeata que defende o nazismo e a supremacia branca.

Como esperar que este padrões cheguem ao fim, depois de encarnações e encarnações embutidos na alma humana?

Eu, adulto, macho, branco, nascido na década de 60, fui criado sob um padrão, um conceito. Venho quebrando os paradigmas desta educação. E muitas vezes sou criticado por isso. Mas, como obrigar as pessoas a pensarem diferente já que, durante anos e séculos, pensavam de uma forma? Essa é a luta! Trazer luz, e não escuridão.

As conquistas devem ser saboreadas pouco a pouco e temos que respeitar o tempo de cada um e suas limitações. Isso não significa que temos que aplaudir manifestos fascistas ou supremacistas, nunca! Mas, como enfiar na cabeça de um homem ou de uma mulher que o conceito que ele tem sobre as raças humanas, as mulheres, o homossexualismo, estão totalmente equivocados? Com Luz.

Paralelamente a isso, percebo um exagero colérico na luta de algumas causas. Muita gente confundindo luta por um ideal com verdadeiros ringues de conflitos e guerras entre as diferenças. Nesta Terra, de gente na média, ninguém é superior!

Edouard Shuré, filósofo francês, que escreveu Os Iniciados, fala sobre um tempo em que a raça lunar, totalmente negra, subjugava e escravizava os homens da raça solar, que era integralmente branca. E passaram centenas e centenas de anos, acorrentando... Um erro justifica o outro, não! Mas, infelizmente, o racismo não é atributo apenas dos brancos e sim, uma manifestação odiosa incrustada na alma dos homens de todas as raças. Logicamente no Brasil, percebemos um racismo bem mais evidente dos brancos contra o restante das raças, inclusive contra os índios. Mas, nos países orientais como as Coreias, China e Japão, por exemplo, os amarelos contam com manifestações ruidosas de racismo. E na África subsaariana, com a maioria negra, há um racismo feroz contra os brancos.

Racismo é a manifestação mais profunda da ignorância da alma humana que cisma em se identificar com o corpo.

Uma outra ótica espiritual: atravessamos encarnações em diferentes peles e geografias. Hoje sou congolês, amanhã, austríaco, para, depois de amanhã, ser nepalês. Portanto, o racismo é uma identificação estúpida da derme. E não somos a derme, somos almas.

Houve também registros de sociedades matriarcais que submetiam os homens ao cárcere. No entanto, os machistas que reinaram, e ainda tristemente dominam, além dos misóginos, também desconhecem, com obscuridade, a realidade espiritual. Sabemos que o espírito não tem sexo. Podemos nascer mulher, homem, bissexual, homossexual, heterossexual... E assim foi ao longo de toda a nossa história. Quantas vezes fomos gays em Roma e na Grécia? Como julgar então a opção sexual se somos uma somatória delas? E como ter raiva das mulheres e conceituá-las inferiores se nós mesmos já fomos mulheres e temos um grande percentual, até hormonal, feminino? E vice e versa...

Apoio com determinação às causas que lutam por um mundo mais justo e equilibrado. Mas, não contem comigo para incitar ódio contra as minorias ou as maiorias. Não se combate sombra com sombra. Precisamos de manifestos de amor e de sabedoria.

Sim, podemos, as vezes, expressar nossos sentimentos com mais veemência, mas se usarmos o ódio e a intolerância contra as diferenças, estaremos usando as mesmas armas e sendo exatamente iguais aos que combatemos.






Nenhum comentário:

Postar um comentário

Gêneros, raças, credos... estamos, mas não somos!

Somos espíritos encaixados em corpos perecíveis. Tal pensamento de Krishna corrobora com uma série de situações do cotidiano. Entre elas est...