4.4.18

LUZ E SILÊNCIO, AÇÃO PELA NÃO AÇÃO

Jamais combatemos sombras com mais sombras. Escuridão se combate com Luz. Gritos são contestados com silêncio.

Muitas vezes, os devotos espiritualistas, ou até mesmo religiosos de todas as ordens, têm vontade de sentar o pé nas barracas dos vendilhões do templo, assim como fez Jesus de Nazaré. Mas, se este ímpeto persistir, lembre-se que esta atitude do Rabi foi premeditada e configurou-se como a gota dágua para a prisão e condenação do Mestre.

Como reagir ao assédio (encarnado e desencarnado)? Em todos os manuais e preceitos espirituais, obsessão se objeta com argumentos, luz e equilíbrio. Quais são as armas dos assediadores? Eles afiam suas lâminas calcadas no medo, na raiva, na destemperança, na ameaça.

Se os que representam o bom senso e a luz revidarem na mesma moeda, qual será o resultado do confronto? Se um elemento xinga, esbraveja, bufa, espuma, o que devemos fazer? Abrir nosso peito ao ataque? Repetir o gesto do inimigo? Você consegue visualizar um amparador ou um mentor batendo boca com um obsessor?

Isso não quer dizer que devemos ficar bovinamente impassíveis diante dos embates. Mas, quando um cego não quer enxergar, não adianta jogar luz. Quando um surdo não quer ouvir, música alguma será escutada. E quando a mente está embotada e fechada para o diálogo, qualquer argumento será vazio. Este é mote da parábola crística das pérolas aos porcos. Os ensinamentos se perderão na lama da ignorância.

Sejamos o Wu Wei dos taoístas, Luz e Silêncio, Ação pela Não Ação.

Sejamos o Ahimsa do Mahatma, Não Violência aos violentos.

Sejamos a lótus de Gautama: se a corda for esticada demais, ela arrebenta; se for afrouxada demais, ela não toca! Vamos afinar as cordas da nossa vida pelo Equilíbrio.

Um comentário:

  1. Aprendi que o inimigo gosta de barulho, hoje me calo. Deus fala por mim.

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